sexta-feira, abril 08, 2011

Chacina em Realengo

Rodrigo Constantino

Não quero comentar em detalhes a verdadeira tragédia em Realengo. Que aquelas tristes famílias possam sofrer em paz o luto de suas perdas, longe do oportunismo dos abutres de sempre.

Apenas destaco que é abominável ver certos “especialistas” tentando culpar A, B ou C pelo crime bárbaro. Uma psicóloga chegou a colocar a culpa do “bullying”, modismo do momento. Outros condenam as armas, ignorando que o Estatuto do Desarmamento já completou sete anos de vida, e só não retirou as armas dos bandidos ou assassinos. Alguns adoram condenar a “cultura”, especialmente quando o atentado se passa nos Estados Unidos.

Mas crimes como este já ocorreram nos Estados Unidos, na Escócia, em Israel, na China, e até na pacata Finlândia, mais de uma vez. Maluco é maluco, e os demais fatores podem, no máximo, fornecer o contexto. Não vamos apelar para o reducionismo ou culpar um fator específico qualquer. Somos obrigados a conviver num mundo em que barbaridades como esta podem ocorrer, sem uma causa aparente ou simples, e sem uma garantia segura para evitá-la.

Desde que o homem é homem, alguns demonstram quão monstruosa a espécie pode ser. O fato de tais atos produzirem profundo choque e consternação na imensa maioria, entretanto, nos dá alguma esperança no futuro. Mas sempre conviveremos com esses tais monstros entre nós. Eis um fato, por mais lamentável que seja.

16 comentários:

Anônimo disse...

Quem tem coragem de criar os filhos no brasil não é só burro mas também irresponsável.
ntsr.

José Americo disse...

A esquerdalha sociopata instituiu aqui a República dos Coitadinhos.Sempre que um louco desvairado desses age, recebe prontamente as explicações e justificativas para seu ato.Ou foi perseguido, ou é um incompreendido pelo sistema, etc etc etc e mais uma dúzia de besteiras.Psicopatas não tem pátria específica, estão por toda a geografia.O difícil é aceitar que a humanidade foi criada à imagem e semelhança de Deus.

Vergilio disse...

Embasados em que podemos afirmar que o camarada que cometeu a tragédia é um monstro? Que o fato é mais um bom motivo para aspones e especialistas de porra nenhuma aparecerem na mídia exploradora de tragédias não tenho a menor dúvida? Mas qual a solução? Querem apostar que vai apartecer parlamentares e defensores dos direitos humanos defendendo uma nova campanha de desarmamento da população? Eu sinceramente tenho muito mais paura das incompetências dos nossos poderes executivos, legislativo e judiciário que provocam tragédias todos os dias devido a corrupção e a impunidade do que qualquer maluco armado que aparece por aí atirando em pessoas inocentes de vez em quando. Se sequer um sistema judicial ( STF principalmente) que faça valer as regras da lei nos temos, como queremos que alguém confie em nós como país?

Morena Flor disse...

"Uma psicóloga chegou a colocar a culpa do “bullying”, modismo do momento"

Muito cuidado com certas definições, para q não sejam precipitadas, Rodrigo.

"Bullying" não é meramente "um modismo do momento"(o nome pode ser novo, mas o problema é bastante antigo). Grupos q escolhem alvos mais vulneráveis para perseguir moral e fisicamente existem desde q mundo é mundo, pelas maneiras mais diversas e pelos motivos mais diversos. Antigamente, era comum bairros inteiros perseguirem hipocritamente pessoas com comportamentos tidos como "inadequados", tudo isso movido a precoceito e intolerância. Atualmente, se perseguem pessoas por serem gordos, com orelha de abano, etc, tudo isso sob o signo do mesmo preconceito.

Só quem passa por um problemas SABE MUITO BEM o q é. Falar é fácil. Difícil é viver isso.

E não é ignorando o problema q ele deixará de existir.

***

Em tempo: O fato de ter sofrido "bullying" no passado(essa história ainda não está sendo tida como certa, já q o q mais ocorre em tragédias como essas é aquele "bolo" de informação desencontrada) não justifica nada do q ele fez. Primeiramente pq aquelas crianças nada tinham com o problema dele, segundo pq trocentas pessoas sofreram com este problema ao longo de suas vidas e hj em dia estão aí, vivendo suas vidas com tranquilidade, sem sombra do instinto assassino daquele delinquente psicopata.
Ou seja: Tais "motivações" não explicam, muito menos justificam.

Anônimo disse...

'como queremos que alguém confie em nós como país?'

Ninguém quer, isso é uma armadilha, uma lorota.Eu quero que as pessoas confiem em mim como indivíduo, botar esse 'nós' no meio é jogar pra cima de mim a responsabilidade pelo que os animais fazem

fejuncor disse...

A religião é a melhor amiga do psicopata.

CorruPTocracia: Roubar é poder! disse...

Têm acontecido muitos casos deste tipo:

Brasília: Evangélico mata patrões "em nome de Deus"
Por Correio Braziliense 23/08/2005 às 12:32

Demitido há cinco dias, agricultor mata os ex-patrões com pauladas e pedradas em um núcleo rural, no Park Way. Preso pela PM, ele confessou o duplo homicídio e alegou que praticou o crime “em nome de Deus”, e por isso não se arrepende.

Burocratoparasita da União disse...

Babá alega que bebê estava possuído pelo demônio e mata a criança, na Colômbia

Religião

Uma babá matou uma menina de 4 meses, que, segundo a mulher, estava possuída pelo demônio. O assassinato aconteceu na última terça-feira, dia 27, e diante da irmã da criança, de 4 anos, em Cali, no sudoeste da Colômbia, de acordo com fontes policiais.

A atitude da babá, Elda María Angola Lasso, de 31 anos, chocou as testemunhas. A mulher foi presa pela polícia local, após ser contida pelos vizinhos da criança, que quase a lincharam. Depois do assassinato, Elda ameaçou se matar com uma faca.

Segundo testemunhas, o episódio foi horrível. "Ela dizia 'demônios do espírito', segurava o bebê pelos pés e o batia contra a parede, e gritava 'sai, demônio, vá embora, Lúcifer'".

Os mesmo grupo de vizinhos também impediu que a menina mais velha fosse morta. De acordo com o comandante de polícia de Cali, o coronel Roberto León Riaño, com base nas evidências do local, o intuito de Elda era matar as duas irmãs, filhas de uma comerciária.

A babá contou à polícia que, enquanto praticava o crime, cumpria "uma missão mística"

Anônimo disse...

O matador era esquizofrênico desde menino (a doença foi diagnosticada quando tinha de 6 a 7 anos, segundo um irmão adotivo). Sofreu "zoação" na escola e foi rejeitado por meninas da mesma escola no início da adolescência, deixando então de se medicar. Mais tarde, ainda segundo o irmão, passou a ter obsessão pelo Antigo Testamento e ficou impressionado e em júbilo com o atentado das torres gêmeas, passando a pesquisar na internet o terrorismo islâmico, manufatura de explosivos e manuseio de armas de fogo. Quando os pais adotivos morreram (o pai há 5 anos e a mãe há menos de 1 ano), ele ficou mais isolado e arquitetou essa "vingança" insana.

Era louco, o sujeito.

Paulo C. Barreto disse...

Bullying é antigo, mas o modismo do bullying é novo. É indissociável da falta de fibra moral (ausência de figuras paternas fortes?) que gera um bando de bebês chorões prontos a explorar sua própria condição de vítimas, combinada com a escolarização estatal compulsória e seu ideal de "socialização" das crianças.

Anônimo disse...

Caso alguma proposta valesse neste momento. Que parem com a voracidade legiferante e deixem de lado a ideia de rever o plebiscito, no qual a tese do desarmamento foi derrotada. E esqueçam da besteira de querer fazer crer que pessoas armadas, nas ruas, poderiam deter acontecimentos como o ocorrido.
Dawran Numida

XX disse...

É mais perigoso andar de terno numa rua de Rio ou São Paulo do que andar fardado de mariner norte-americano em Bagdá.

Anônimo disse...

' E esqueçam da besteira de querer fazer crer que pessoas armadas, nas ruas, poderiam deter acontecimentos como o ocorrido.'

Que VC não poderia, isso eu acredito, mas não é justo nivelar por baixo e limitar o direito de todo mundo de se defender.
Bastaria um simples funcionário ter uma arma e a tragédia teria sido muito menor.

Anônimo disse...

RODRIGO O TEXTO ABAIXO É UM POUQUINHO FORTE, SINTA-SE LIVRE PARA EDITA-LO E OMITIR ALGUMAS PARTES. UM ABRAÇO, SE CUIDA CARA.
:-)

Ja esta provado que os antigos "colegas" de escola enfiavam a cabeça dele na privada. Isso é bullying ou não?
A mãe dele fazia o papel do Estado cuidando da doença mental dele, quando a mãe morreu ele ficou a merce da propria doença.
Vale lembrar:
Esquizofrenia é uma doença, não tem cura mas tem tratamento.
Psicopatia não é uma doença, não tem cura nem tratamento.
Todas as doenças causam sofrimento, os psicopatas não sofrem portanto não são doentes. Em paises de primeiro mundo os criminosos psicopatas ficam presos em areas isoladas dos presidios. E nos paises de primeiro mundo os esquizofrenicos são devidamente tratatos e cuidados pelo Estado.

Filme sobre a psicopatia:
http://www.youtube.com/watch?v=XMvNwP_n-mY

Filme sobre a esquiozofrenia:
http://www.youtube.com/watch?v=aS_d0Ayjw4o

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Sobre a educação estatizada e os cabides dos "educadores".

Se no Brasil tem canal de parabolica pra vender boi porque não tem canal de escola pra fazer os estudos em casa?
Aqui no Brasil obrigam as crianças a andar no meio do mato caçando onibus enferrujado caindo aos pedaços, pra depois serem vitimas de estupros, bullying e serem alimentadas com cacos de vidro, tudo isso na verdade só pra manter os cabides dos "educadores" e agradar os sindicatos pelegos.

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"A mãe ainda está assustada com a situação e quer uma explicação por NINGUÉM ter acompanhado o filho até o pronto-socorro."

Fonte: Jaragua AM 1010Khz
http://www.jaraguaam.com.br/noticias/view?id=15985

se alguem quiser trocar uma ideia, meu email: giliard123456789@yahoo.com.br

Anônimo disse...

"Bastaria um simples funcionário ter uma arma e a tragédia teria sido muito menor."
Seria uma professora com uma 9mm na bolsa, um faxineiro com uma Uzi na bandoleira (aprendi vendo o Tropa de elite...) enquanto varre o pátio?

ALLmirante disse...

Ao separar a alma do corpo, este mundano, aquela divina, os gregos lavraram a esquizofrenia no âmago do ser humano. Foi a Lenda de ORFEU que entusiasmou Sócrates ao suicídio para se conhecer a si mesmo. Eis a sandice primata, transferida à civilização por dna.