quinta-feira, julho 18, 2013

Eu escolho a polícia

Rodrigo Constantino

Estamos lá para dar segurança a todos vocês. Inclusive para a imprensa. E nós não temos tido apoio dos senhores também. Temos policiais feridos. Mas esses direitos humanos não é para a polícia. Somos policiais militares, eleitores e cidadãos. Se a PM não estiver ali, é anarquia. Todos têm que ter responsabilidade. Não brinquem com o que está acontecendo. Ninguém sabe o que está por trás. A responsabilidade da mídia é muito grande.

Esse foi o desabafo emocionado do comandante da Polícia Militar do Rio, Erir da Costa Filho. Ele disse que, boa ou ruim, essa é a PM que temos. É ela que está nas ruas para proteger os inocentes, as propriedades, o direito de ir e vir. 

A imprensa tem um papel fundamental de expor abusos de policiais, truculência desnecessária, crimes, despreparo, tudo isso. Mas é preciso tomar cuidado em não difamar injustamente toda a instituição e, com isso, criar um clima ainda maior de anomia, acuando os guardiões da lei e da ordem, tornando-os mais receosos ainda de agir contra os vândalos, baderneiros e marginais que têm invadido todas as manifestações "pacíficas" e instaurado o caos no país, depredando, ateando fogo, roubando, saqueando.  

Com todas as ressalvas necessárias, até porque nossa PM merece muitas críticas sim, eu endosso a fala do comandante em seu sentido geral. A PM precisa de apoio para agir contra os vagabundos que têm se aproveitado das manifestações para cometer crimes. 

Infelizmente, sabemos que a esquerda faz uma forte campanha contra a polícia há décadas, e que os "direitos humanos" são sempre voltados para os criminosos, e nunca para aqueles que sofreram no exercício de sua função protetora das leis. Entre o traficante assassino das favelas e o Caveirão, nós sabemos de qual lado fica a esquerda. Ficaremos do mesmo lado?

Eu não! Vamos lutar para melhorar nossa polícia, para treiná-la melhor, para coibir os abusos e punir severamente os desvios e crimes, para aparelhá-la mais e para aumentar seus salários (reduzindo outros gastos públicos totalmente desnecessários). Mas não vamos jogar o bebê fora junto com a água suja do banho. A escolha que temos é entre polícia e anarquia. Eu escolho a polícia.  

6 comentários:

Anônimo disse...

Constantino, vejam o que estão fazendo com os médicos !!!! Estamos próximos da escravidão, tiraram direitos como FGTS, 13o. salário e hora extra no programa mais médicos. Quer pior ? Se o doutor desistir depois de 6 meses, tem que devolver todo o dinheiro da ajuda de custo.
Está na folha...
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/07/1312756-medicos-alegam-falta-de-direitos-e-desistem-de-programa-de-dilma.shtml

Marco Balbi disse...

Acho que me cabe, também, uma reflexão sobre o emprego das forças policiais. O Estado é quem dispõe da força e a aplica para estabelecer, restabelecer ou manter a ordem pública. Assim, na medida em que a sociedade se sente insegura ela exige que o Estado lhe garanta a segurança ou pelo menos a sensação de segurança, já que não se pode obter a plena certeza da mesma.
Parece-me que a sociedade brasileira ainda não discutiu para valer qual é o tipo de força policial que ela quer. Aqui e ali ouvem-se divagações, lugares comuns, opiniões de especialistas que nem são tão especialistas assim, mas a sociedade precisa responder a seguinte pergunta: qual é o perfil do policial que vai prestar a segurança? A resposta a esta pergunta é fundamental para selecionar, instruir, adestrar, remunerar, estabelecer normas de conduta, entre outras medidas, para o policial no Brasil. Muitos gostariam que o policial brasileiro procedesse como os ingleses, desarmados, caminhando em atitude quase contemplativa pela "city", por exemplo. Estaria adequado para nós?
Um dos mais difíceis tipo de ação policial é o controle de distúrbios. A tropa precisa estar excepcionalmente treinada em todos os aspectos, técnico, tático, físico, psicológico, moral e adequadamente equipada e apoiada pelos mais diversos meios, em especial de comunicações e inteligência. Penso que nenhuma das nossas polícias militares está preparada para isto. Possuem, sim, frações de tropa para o emprego imediato, mas não com efetivo que se faria necessário para se contrapor aos acontecimentos dos últimos dias. E, provavelmente, sem o apoio adequado de comunicações e inteligência. Coloque-se no lugar de um daqueles policiais em contato direto com pessoas que estão ali para espezinhá-lo, tirá-lo do sério, dirigindo-lhe impropérios dos mais diferentes, xingando mesmo, cuspindo, espargindo água e outros líquidos, com uma bandeira na mão que bem pode virar uma arma e ele ali impassível, tentando manter-se concentrado, de olhos e ouvidos no comandante da sua fração, aguardando uma ordem, um aviso, uma advertência. Pensem nisto. Se, apenas um homem perder o controle e responder a agressão do manifestante à sua frente, que me parece deixou de ser manifestante, é muito provável que a situação se deteriore, de ambas as partes. E, torna-se incontrolável.
Desde a atuação em São Paulo e, posteriormente em outros locais do Brasil, a força policial tem sido satanizada, como se ela fosse a culpada principal por todos os nefastos acontecimentos. Parece-me, salvo melhor juízo, que ela é tão vítima como os manifestantes. Seria bom repensar o assunto, em especial respondendo a pergunta: qual a polícia que queremos para defender a sociedade?

Anônimo disse...

Rodrigo a única polícia boa para esquerda é aquela subordinada a ela. Não se trata de uma discussão sobre direitos fundamentais ou aperfeiçoamento do "aparelho repressor do estado" no cumprimento de suas missões constitucionais, isso é só cortina de fumaça como estratégia de propaganda para enfraquecer os poderes constituídos - um dos primeiros objetivos de qualquer movimento revolucionário é promover anarquia e quebra da ordem pública. Depois do caos vem o pau verdadeiro, aí sim a ordem pública é restituída pelo novo regime do proletariado pra valer, com direito é claro a fuzilamento sumário - os policiais não precisam nesse caso nem se preocupar em usar cassetetes e balas de borracha, isso é coisa de polícia burguesa.

Unknown disse...

Também apoio a polícia,mas juro que ficaria muito feliz se esta também pegasse aquele grupo chefiado pelo Sr. Sergio Cabral que fez vandalismo com o dinheiro do erário público no Hotel Ritz em Paris.
Convenhamos, mas o pavão que mora num palácio de nossa propriedade no Leblon parece que anda acuado e assustado, pois ultimamente não dá as caras e somente manda bilhetes feitos por porta-vozes. Não estava se achando o máximo fazendo a dancinha do guardanapo? Como deve estar se sentindo agora que a desgraça começou a chegar às suas portas? Será que o dinástico siri de beira de praia está escondido junto com o papai e o lula?

André disse...

Concordo. Além disso, em minha opinião, essas manifestações, desde a primeira que ocorreu na Rio Branco, não têm nada de pacificas. Por vezes o meu direito de ir e vir (que é constitucionalmente garantido) foi sorrateado, fecharam a cidade inteira. O direito à propriedade (também constitucional) nem se fala. Fico pensando nos comerciantes do Leblon, que devem pagar, dependendo do ponto, algo próximo a quarenta mil mensal de aluguel por uma loja e que, ao final do mês, a margem de lucro é representada por dois ou três dias de vendas. Se são forçados a fechar às 15:00, como de fato foram em alguns dias, devem ficar desesperados – e com toda razão.

O Governador, que não contou com o meu voto, foi eleito democraticamente e, não custa lembrar, por 66% do eleitorado, já no primeiro turno. Essa minoria “engajada” não sabe o que é democracia. Gostam de exaltar os heróis da resistência do regime militar e a suposta colaboração deles para a democratização do país, mas, na prática, odeiam o regime democrático.

Acampar por dias na frente da casa do governador é sim uma ameaça. Não há nada de pacífico nisso. Se o Cabral resolver dar uma descidinha ali no Velloso, o que será que vão fazer? Dialogar com ele?

O fim não justifica o meio. Esse governador tem que sair, mas nas urnas, ou, sendo demonstrada a hipótese de cabimento, pelo impeachment. Jamais na marra, como de fato querem.

IvanFR disse...

"A escolha que temos é entre polícia e anarquia."

Na verdade, o correto seria dizer que a nossa escolha é entre uma polícia militarizada ou desmilitarizada. A ausência TOTAL de polícia sim representaria anarquia.

A desmilitarização da polícia ostensiva no Brasil foi o que a ONU recomendou recentemente (diante dos altos índices de violência policial). Poucos países no mundo mantêm uma polícia militar.

Não tenho opinião formada sobre a necessidade de extinção, ou não, da PM, mas acredito que a maioria dos que defendam a extinção da instituição não abririam mão de uma outra espécie de polícia administrativa/ostensiva no país.

No mais, concordo com o texto. Os policiais ganham extremamente mal para exercerem uma função tão nobre e colocam as suas vidas em risco, sem que a sociedade dê o devido valor.